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Moscas e Mosquitos

Entre as espécies existentes de moscas destacam-se como principais causas de pragas urbanas as Mosca doméstica, Mosca da fruta, Mosca da carne, Moscas varejeiras, Moscas negras, Mosca dos cavalos e Mosca dos estábulos.

Malefícios 

Na maioria dos casos, a sua importância na transmissão de doenças ao homem através de picadas é diminuta, já que esse papel é consumado principalmente através da contaminação dos alimentos com microrganismos patogénicos.

Com efeito, as moscas pousam e alimentam-se em matéria orgânica de origem diversa tal como fezes, estrumes, lixo, etc. e também nos alimentos do homem, podendo assim contribuir para a disseminação de diversas doenças, tais como a cólera, a febre tifoide, a salmonelose, etc. Além disso, as moscas provocam também incómodo e desconforto ao homem e aos animais domésticos.

Locais susceptíveis a pragas

As espécies de moscas mais frequentemente envolvidas nas pragas urbanas têm uma maior incidência nas residências, nos locais de manuseamento de alimentos e nas explorações agropecuárias.

Cuidados a ter

O controlo das moscas como pragas urbanas, inclui quatro passos importantes:

1. Inspeção e identificação da espécie
É a fase vital já que permite conhecer aspectos importantes sobre a biologia e hábitos da espécie causadora da praga. Uma vez que o controlo de moscas envolve as larvas e os adultos o desconhecimento da espécie em causa torna mais difícil a identificação dos locais de reprodução. Por outro lado, se se combaterem os adultos sem se implementar qualquer ação contra as larvas, estas continuam a desenvolver-se perpetuando a infestação.

2. Implementação de medidas de higiene e saneamento
Independentemente dos progressos no controlo químico de moscas, as medidas de higiene e saneamento continuam a ser o melhor método de combate a estes insetos. Estas medidas são diversas, dependendo dos locais e das condições presentes, e incluem a desumidificação dos locais infestados, a limpeza dos locais de reprodução, a remoção de locais de descanso dos adultos, a remoção de lixos, dejetos de animais e outros materiais de origem vegetal ou animal em decomposição, etc.
  • Utilizar na iluminação exterior luzes menos atrativas para os insetos; 
  • Colocar as fontes de iluminação exterior longe das portas e janelas; 
  • Eliminar acumulações de matéria orgânica de humidade elevada (folhas, estrumes, etc.), especialmente em áreas potencialmente húmidas; – Cobrir sempre os alimentos; 
  • Manter as cozinhas e os utensílios culinários limpos; 
  • Eliminar locais de água paradas; 
  • Remover e eliminar dejetos dos animais de estimação; 
  • Não deixar nos alimentos destinados aos animais de estimação durante muito tempo nos comedouros; 
  • Limpar regularmente as tubagens dos frigoríficos, aparelhos de ar condicionado, máquinas de lavar, etc.; 
  • Utilizar desumidificadores em locais de humidade elevada; 
  • Não guardar sem secar os panos e esponjas utilizados em limpezas; 
  • Lavar bem todas as garrafas recicláveis de cerveja, vinho, vinagre, sumos de fruta, etc.; 
  • Utilizar caixotes do lixo cujas tampas vedem bem e forrá-los com sacos de plástico; 
  • Remover os lixos frequentemente; 
  • Limpar frequentemente os caixotes do lixo; 
  • No exterior manter o mais limpo possível as áreas destinadas aos lixos; 
  • Colocar redes ou outras estruturas de proteção nas janelas e portas. As que abrem devem fazê-lo para o exterior; 
  • Eliminar os excessos de vegetação em redor dos edifícios.
3. Implementação de medidas de controlo mecânicas
Fazem parte destas medidas de controlo a colocação de redes nas janelas, eletrocutores de insetos, etc.

4. Aplicação de inseticidas
O controlo de moscas envolve frequentemente a aplicação de inseticidas em interiores e exteriores. De um modo geral as aplicações de inseticidas destinam-se a controlar as formas adultas já que a implementação de medidas de higiene e saneamento constitui a melhor forma de controlar as formas imaturas.